Se você está passando por um tratamento de FIV ou considerando o congelamento de óvulos, talvez já tenha ouvido falar em “embriões euploides”. Mas o que isso realmente significa e por que é importante na sua jornada de fertilidade? Entender o papel dos cromossomos no desenvolvimento embrionário pode ajudá-la a fazer escolhas mais bem embasadas.
Os cromossomos são pequenos, mas poderosos arquitetos do DNA — estruturas semelhantes a fios, repletas de instruções genéticas que moldam cada embrião. Pense neles como pequenos projetos de desenvolvimento. Cada célula de um embrião humano deve ter 46 cromossomos, organizados em 23 pares — metade provenientes do óvulo e metade do espermatozoide. Um embrião é considerado euploide quando possui o número correto de cromossomos, devidamente emparelhados. Isso está relacionado ao desenvolvimento embrionário normal e a uma maior chance de sucesso na gravidez.
Legenda da imagem: (Conjunto completo de cromossomos humanos, um cariótipo, numerado e incluindo os cromossomos sexuais X ou Y. Cada par contém um cromossomo do óvulo e um do espermatozoide. Crédito da imagem: adaptado de kanyanat wongsa/Shutterstock)
Por outro lado, embriões com um número incorreto de cromossomos — cópias a mais ou a menos — são chamados de aneuploides. Essas anormalidades podem ocorrer naturalmente devido a erros durante a meiose — o processo de divisão celular na formação dos óvulos ou espermatozoides — e se tornam mais frequentes com o avanço da idade materna, já que óvulos mais maduros têm maior probabilidade de apresentar erros na divisão cromossômica.
Tipos comuns de aneuploidia incluem:
Legenda da imagem: (Cariótipo humano compatível com a Síndrome de Down, onde o cromossomo 21 contém uma cópia extra.
Crédito da imagem: adaptado de kanyanat wongsa/Shutterstock)
Embriões euploides têm muito mais chances de se implantar com sucesso e resultar em uma gravidez saudável do que embriões aneuploides. Eles também apresentam menor risco de perda gestacional. Estudos mostram que:
Com o envelhecimento dos óvulos, os erros na divisão cromossômica se tornam mais frequentes, resultando em uma menor proporção de embriões euploides. Uma pesquisa que analisou 500.000 gestações mostrou que o risco de aneuploidia aumenta significativamente com a idade:
Embora pacientes mais jovens, em média, tenham maior probabilidade de produzir embriões euploides, a qualidade dos óvulos ainda varia entre indivíduos. Ou seja, a ocorrência de anormalidades cromossômicas pode ser muito diferente mesmo entre pessoas da mesma faixa etária (fonte).
Conhecimento é poder — e entender a probabilidade de ter embriões euploides pode ser um recurso valioso no planejamento da fertilidade. Conversar proativamente com sua equipe médica sobre opções como avaliação da qualidade dos óvulos, planejamento de ciclos futuros, rastreamento de embriões ou uso de óvulos doados pode ajudar você a tomar decisões mais assertivas e com mais confiança ao longo do caminho.
Determinar a euploidia não é tão simples quanto olhar no microscópio. Tradicionalmente, a maneira mais comum de avaliar é por meio do Teste Genético Pré–implantacional para Aneuploidia (PGT-A), realizado durante a FIV. Uma pequena biópsia é realizada do embrião no estágio de blastocisto (dias 5 a 7) e as células são analisadas para contagem cromossômica.
Embora o procedimento seja geralmente considerado seguro, existe um pequeno risco de danos ao embrião durante a biópsia. Além disso, nem todas as células do embrião são analisadas, o que significa que os resultados podem não representar o embrião inteiro (fonte)). Alguns embriões apresentam mosaicismo, ou seja, possuem uma mistura de células euploides e aneuploides (fonte). Por fim, é importante lembrar que, embora o PGT-A forneça informações valiosas, ele não garante uma gravidez, pois avalia apenas uma pequena amostra de células, em um único momento do desenvolvimento embrionário.
Até hoje, o PGT-A após a fertilização tem sido o principal método para avaliar a euploidia dos embriões. Mas e se fosse possível obter insights mais cedo no processo?
A Future Fertility desenvolveu uma ferramenta de avaliação com inteligência artificial que analisa imagens dos seus óvulos após a coleta (antes da fertilização) para prever a probabilidade de que se desenvolvam em embriões euploides.
Você pode se perguntar: “E quanto ao espermatozoide?” Pesquisas demonstram que os óvulos têm um papel dominante na determinação do estado de euploidia (fonte). Portanto, insights obtidos a partir do óvulo podem ser um indicador extremamente valioso do potencial genético do embrião.
Esse método é completamente não invasivo, ou seja, não causa nenhum dano aos seus óvulos ou embriões futuros. Os insights de euploidia da Future Fertility estão disponíveis nos relatórios de qualidade dos óvulos VIOLET™ e MAGENTA™ — pergunte à sua clínica sobre a possibilidade de receber essa avaliação.
Entender o potencial reprodutivo dos seus óvulos é uma ferramenta poderosa no planejamento da fertilidade. Seja você:
…esses insights valiosos podem ajudar a reduzir o estresse emocional causado pela incerteza e permitir que você tenha expectativas mais realistas quanto ao sucesso.
Apesar de pequenos, os cromossomos exercem um papel enorme na saúde reprodutiva. Ao entender por que eles importam, você dá mais um passo rumo a decisões de fertilidade mais conscientes e empoderadas.
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